Crítica: Moffie
“Moffie” é um filme sul-africano que tem tema LGBTQIA+, mas ao assistir você percebe que outros tem maior ou igual destaque.
Nick é um jovem que acaba entrando para o exército. Porém, ele mora na África do Sul, um país que apesar de ter a maioria negra, é segredado e comandado por brancos radicais. Assim, por conta desse contexto, há inúmeros conflitos por liberdade da população negra. Entretanto, disfarçando o racismo, a desculpa é que tem de eliminar o comunismo, população ateia e as desculpas de sempre, que escutamos até hoje.
E é por conta disso que, apesar de Nick ser gay e ter que viver escondendo isso por conta das penalidades que pode sofrer, ainda mais estando no exército, esse tema fica tão pequeno. Mesmo a intenção do filme de estabelecer isso logo no início, as cenas de racismo são muito mais pesadas e tomam o tema para si.
Por conta disso, e por ser um filme de guerra, é o conflito o maior destaque. Todo o treinamento de Nick é rondado pelos discursos de ódio. Inclusive, com cenas de humilhação pública e é chocante quando rola a cena de suicídio de um dos colegas de equipe dele. Mas ainda na equipe, ele se aproxima de Stassen, e tem uma pequena relação amorosa. Mas se estamos acostumados a procurar o final feliz, estamos vendo o filme errado! Logo eles são separados e Stassen vai para uma ala “médica” por ser gay.
“Moffie” é a palavra sul-africana para “maricas”. Sem muitos diálogos, ele transmite muito. Entretanto, é difícil distinguir os personagens! Por conta dos uniformes e padronização do ambiente, muitas vezes é difícil saber quem é quem, e quem está falando. Com exceção do protagonista e o sargento, os demais se perdem no meio do grupo.
Mediano