Crítica: Muito Esforçado
“Muito Esforçado” é uma comédia do Prime Video que traz o besteirol das séries universitárias para um contexto mais diverso, mas ainda sim idiota.
Benny é um ex-jogador de futebol, a estrela do ensino médio, que agora entra na faculdade em um curso por pressão dos pais. Contudo, sua “falha” é que é gay, mas ainda está no armário. Logo no início ele conhece Carmen, que de namorada falsa vai para amiga e Miles, o crush que o faz repensar seu curso. Em meio aos dilemas pessoais, festas absurdas, uma fraternidade maluca e as aulas, Benny vai se virando como pode para absorver e lidar com tudo.
O estilo de humor de produções desse nível sempre foi algo que, particularmente, me incomoda. É tudo bem estúpido e exagerado, mas ainda sim tem seu público. Por conta disso, a série não entrega nada muito além do que temos, mas surge em um momento que, ao menos um pouco, elas tentam variar. Afinal, Benny é gay e a forma que os personagens lidam com as coisas é, no mínimo, mais atual. Ao menos os personagens principais, que tentam fugir de estereótipos.
A sensação que tenho, ao final, é que a série se torna diferente ao abordar esses temas em um ambiente universitário. Sendo que, em sua maioria, tais assuntos surgem em séries voltadas ao público adolescente, que ainda vive o “ensino médio”. Um falso romance por conta da insegurança, uma mentira pelo status e a luta para se encaixar no padrão aclamado. Mesmo que sendo assuntos que sim, surgem na vida universitária e adulta, da forma apresentada não deixa de soar que o personagem já deveria ter passado por isso.
“Muito Esforçado” representa Benny, vivendo tudo pelo qual ele já deveria ter passado, soando, na verdade, um pouco forçado.