Crítica: My Daemon
“My Daemon” é um anime que mostra um mundo onde criaturas surgem após um acidente, cada uma com um poder, mas Kento as vê como amigas e a forma de salvar sua mãe.
Kento é um jovem tímido que, parte disso, vem do preconceito que sofre por ter uma marca em sua cabeça. Essa marca indica que ele é contaminado por uma “partícula demoníaca”, que muito provavelmente não deixará ele se tornar um adulto, morrendo bem antes. Contudo, para um trabalho da escola, ele cria e observa uma dessas partículas, que ele chama de Ana. Apesar da orientação da professora, ele decide ficar com a nova amiga. Entretanto Ana manifesta um poder de dobra espacial, colocando um alvo nela e em Kento, que acaba perdendo sua mãe no conflito. Agora os dois viajam procurando um demônio que, supostamente, pode voltar o tempo e reviver a mãe de Kento.
A história é assustadoramente simples, mas com um final igualmente complexo. E, sinceramente, esse anime mostra de forma muito clara a diferença da filosofia ocidental e oriental. Para além das cenas de ação, muito boas, a história apresenta dilemas de vida que muitos ignoram, ou consideram “tabus”.
Toda a jornada é, direta e indiretamente, sobre a questão de Kento. Em diversos momentos, seja com o sucesso ou a perda dos outros personagens, os conflitos de Kento são aprendidos para a compreensão final. A jornada é, literalmente, uma jornada. Mas não sobre uma aventura, as lutas entre as criaturas, mas de crescimento.
“My Daemon” vai te surpreender, por mais experiência que você tenha com narrativas não americanas. Por fim, tempo é bem usado, seja para a diálogos ou a ação, necessária para o equilíbrio da trama.