Crítica: Nada é Por Acaso
“Nada é Por Acaso” é uma outra aposta da Imagem Filmes para um público mais religioso, sendo uma adaptação de um filme de mesmo nome.
Marina é uma mulher misteriosa, que após um tempo fora chega em casa com muito dinheiro. Mais tarde ela abre seu próprio escritório de Direito Empresarial em Curitiba. Maria Eugênia vive com o marido e o filho, herdeira de uma grande fortuna, surge sendo chantageada por alguém que coloca uma dúvida a legitimidade de quem é pai de seu filho. Cada uma, aos pouco, vai enfrentando dificuldades e se aproximando. Um encontro que, desde sempre, deveria acontecer.
O filme tem uma forte pegada religiosa. Desde antes das revelações, vemos que as duas personagens, de sua forma, caminham para um lado mais espiritual. Marina, aos poucos se aprofunda até que se torna ativa no Centro. Maria, por sua vez, faz mais o papel de quem frequenta e crê.
Dito isso, o fato de toda a cidade se conhecer de alguma forma, nós aceitamos pela proposta. Mas, sinceramente, eu não conseguia segurar algumas risadas. Tem vários momentos em que as atuações chegam a ser cômicas, por mais sérias que tentam transparecer. E esse combo é aprimorado pelos diálogos do filme que estão longe de ser levados a sério. A relação de Marina com Rafael, por mais fofa que aparente ser, é incrivelmente tóxica. Tanto que o rapaz, chega a pedir uma investigação só por conta dela não falar sobre uma viagem que ela “fez”.
“Nada é Por Acaso” é um caso inusitado. Como um filme, eu diria que está abaixo da expectativa. Mas também tenho que reconhecer que eu me diverti assistindo, então para um entretenimento, é uma indicação.