Crítica: Nimona
“Nimona” é uma animação recente da Netflix que vem chamando atenção e nos faz notar uma evolução recente nas animações.
Ballister está preste a conquistar um sonho, ser um cavaleiro. Nesse universo do filme, presos dentro dos muros da cidade, as pessoas vivem com medo de supostos monstros. São os cavaleiros que protegem a cidade, mas apenas aqueles de casas nobres podem ter tal honraria. Ballister, diferente dos demais, não é um nobre e começa o que pode ser uma evolução nessa sociedade. Apoiado por ser namorado Ambrosius, que é o favorito dentre os outros cavaleiros, ele vê seu sonho ir embora por uma armação que o torna o inimigo de todos. É aqui que encontra Nenoma, uma criança que vive pelo caos e guarda um segredo.
A estética da animação chama atenção, seguindo outras animações, a identidade do traço faz com que tudo seja mais vivo e sentido. Já o texto de Nimona vai além do conto onde o monstro não é monstruoso. Usar um personagem capaz de mudar de forma para debater a forma como você se vê e é visto, sua identidade, é genial.
Ballister sofre com a crise ao perceber que tudo que foi ensinado, é distorcido. Sofre quando seu foco de vida, e até seu parceiro, viram as costas sem sequer questionar os fatos. Mas mesmo assim, ele também questiona Nimoma. Ela é uma garota, um rinoceronte, um tubarão ou um cavalo. Ela é tudo isso, mas sempre escuta a pergunta “o que você é?”. E, ainda, tudo vai sendo levado de uma forma tão natural que é entendido, percebido, mas não ao ponto se ser um “problematizador”.
“Nimona” é sim uma feliz novidade. Afinal, é quanto menos esperamos que achamos umas pérolas nos catálogos dos streaming.