Crítica: O Clube dos Leitores Assassinos
“O Clube dos Leitores Assassinos” é um terror da Netflix que até tem uma proposta interessante, mas peca bastante na execução, literalmente.
Estudantes de uma faculdade da Espanha se reúnem em um grupo de leitura, com foco no terror. Contudo, um dos professores se mostra um tanto contrário ao gênero, além de um grande, ou melhor, pequeno ser humano. Sendo assim, se organizaram para pregar uma peça e os garotos se vestem de palhaço e tentam assombrá-lo. Infelizmente, tudo dá “errado” e o professor acaba morrendo. Na tentativa de esconder seu crime, o grupo fica agora refém de alguém que sabe seu segredo e pretende ir matando um a um, como no enredo de um terror Slasher.
Em termos técnicos, o filme entrega a sua proposta. Não fica entre os memoráveis, mas faz o suficiente para ser um filme. Infelizmente, pela dinâmica proposta, não ir para a linha do humor pode ser seu maior erro. Afinal, quando se tem um filme que tenta satirizar produções semelhantes, até referenciando, por mais séria que tenta ser, há uma brincadeira. Mas aqui não, ao tentar ser sério, ele perde muito do carisma e se torna algo a ser assistido de fundo, enquanto fazemos oura coisa.
Já o grupo de alunos, são tão básicos que nem vale a menção de todos. Sendo oito, já é de se esperar que alguns sejam apagados pelo espaço que os protagonistas precisam ocupar. Entretanto, eles ocupam, mas não pertencem. Estão lá, mas não nos interessa. Estão vivos, mas queremos que morram logo.
“O Clube dos Leitores Assassinos” não é nada de novo, tão pouco velho o suficiente para nos fazer repensar a injustiça que pode ser ter achado ele tão esquecível.