Crítica: O Fantasma Escritor
“O Fantasma Escritor” é mais um ótimo exemplo de produção da Apple TV, mostrando que séries infantis podem ser inteligentes.
Ruben retorna com sua mãe para a cidade onde ela cresceu. O motivo é triste, afinal com a morte de sua avó, sua mãe tenta ajudar seu avô na biblioteca que a família gerencia por muitas anos. Na nova escola, ele acaba criando uma amizade com Chevon, Curtis e Donna. Entretanto, o grupo se reuniu por conta de um caso misterioso que ocorreu, em que um personagem de uma história saiu de seu livro e veio para o nosso mundo. Agora, os jovens vão lidando com outros que surgem, enquanto tentam descobrir o mistério que é a identidade desse Ghost Writer.
A trama é episódica, com a cada dois abordando uma história clássica e uma pista sobre a identidade e motivações do fantasma. E aqui é o maior destaque, ao menos para mim. Afinal, está bem comum que séries voltadas para crianças tenham temas mais bobinhos, ou mesmo criando um debate, não passam uma mensagem de aprendizado. Mas aqui, ao resgatar histórias clássicas como “Alice no País das Maravilhas” ou “Sherlock Holmes”, é um aprendizado além do entretenimento.
O segundo exemplo, inclusive, vem de uma versão alternativa da história. Contudo não é apenas um aprendizado literário, a série também traz em seus episódios histórias pessoais bem legais. O divórcio dos pais de Donna e Curtis, e como isso afeta a vida dos dois. Curtis que tem um destaque especial no grupo, pois boa parte dos aprendizados surgem de seus desafios, como a dislexia.
“O Fantasma Escritor” mostra que crianças não são tão bobinhas e que merecem sim produções que ensinam enquanto divertem.