Crítica: O Filho Bastardo do Diabo
“O Filho Bastardo do Diabo” é uma série da Netflix que mostra como uma história pode mudar, dependendo de quem conta.
Existem bruxos da luz e das sombras, onde os da luz se consideram os certinhos, enquanto os das sombras se escondem e causam apenas o caos. É nesse contexto que um poderoso bruxo das trevas faz suas vítimas, uma delas sendo a mãe de seu filho. Porém a criança, e sua meia irmã, sobrevivem e são escondidos. Mas com a proximidade de sua maioridade, o despertar dos poderes pode fazer com que essa caçada retorne e sua sociedade fique em risco, mais uma vez.
Nathan cumpre muito bem o papel do protagonista. Perdido de início, mas que aceita seu destino e vai atrás de seu embate. No caminho recruta amigos e aliados, sendo Gabriel e Annalise. E a clássica jornada do herói não seria completa sem a recusa, descoberta e a subversão de papéis a medida que segredos são revelados.
Ainda sim, a série é voltada para o público adolescente, mas já com a liberdade para um tanto de sangue. O gore é bem presente, até mesmo pela forma principal dos poderes do protagonista funcionar ser através de comer um determinado órgão humano. É um meio termo entre “Sabrina” e “Teen Wolf”. A criatividade da série, ao dar diferentes poderes, mesmo dentro de uma sociedade de semelhantes, é interessante e a execução dos efeitos satisfatória. Tenho que reconhecer souberam dosar na simplicidade para acertar na qualidade. Ainda vale mencionar a critica social, nada sutil, previsível, mas que se encaixa na trama e não é forçada.
“O Filho Bastardo do Diabo” não é, ainda, um grande nome. Contudo, tem sim um potencial e vale o tempo, principalmente para aqueles que curtem séries com a temática.