“O Hobbit – A Batalha dos Cinco Exércitos” termina a trilogia que já podia ser encerrada no filme anterior, se tivesse mais foco e um pouco mais de tempo.

Uma missão para recuperar sua casa, a busca por uma joia e o retorno para o lar, essa era a missão aparente dessa trilogia. Entretanto, para ter um último filme, precisava de uma batalha que duraria todo o tempo dele. Assunto que claramente poderia ser resolvido nos filmes anteriores, mas né, rende o lucro. Inclusive, é essa enrolação que deixa sem sentido, e sentimento, as perdas desse filme. Até mesmo as lutas, divididas, eram exageradamente prolongadas. É como se um filme de “Senhor dos Anéis”, por não poder ter cerca de 1h e meia, ter que enrolar para ser um filme de 3h.

Tato que, é ate difícil falar do filme. Afinal, tudo foi dito e repassado nos anteriores. Aqui temos uma soma entre eles, e nada de novidade. Talvez até, de certa forma, um retrocesso, já que a maioria dos efeitos em plano aberto parecem ser muito piores que na trilogia original. A impressão é que, realmente, foi feito por obrigação contratual.

Tanto que, sendo bem frio, o filme acaba quase que como quando começou. Foi só mais um momento para colocar alguns easter eggs para ligar com o futuro, que é a trilogia original. Legolas indo para outro lugar, viver com um homem que tem um futuro incrível. Bilbo voltando ao condado com todos os itens que, mais tarde, serão apoio e fardo de Frodo.

“O Hobbit – A Batalha dos Cinco Exércitos” na verdade é uma batalha entre dois, o tempo do expectador e a vontade de assistir até o final.