Crítica: O Poço 2
“O Poço 2” tenta surfar em um dos maiores sucessos da Netflix durante a pandemia, mas escancara o quanto o filme dependeu do tempo de seu lançamento.
Na época da pandemia, nos vemos em um cenário em que não podíamos sair de casa e que, de certa forma, críticas sociais ganharam força. Dentro desse contexto, a Netflix lançou “O Poço“, um sucesso que gerou bastante debate, tanto para o lado positivo quanto para o negativo. Na história, temos uma estrutura separada por andares onde, todo o mês, há uma recolocação das duplas entre os mais de 300 andares. Ao entrar, todos podem escolher um prato de comida, que desce em uma plataforma todos os dias, e um objeto. Mas, logo de início vemos que, quanto mais acima, mais você pode comer e, por consequência, tem uma condição melhor.
Agora acompanhamos Perempuan, que entra de forma voluntária para se dar tempo e superar um trauma. Ao entrar no poço, rapidamente ela é avisada das regras pelos moradores do andar acima ao dela. Contudo, aqui temos dois grupos que tentam manter a ordem e a estabilidade, exigindo que cada um coma seu próprio prato esperando q até o fundo, todos comam. E, se a regra não é seguida, são eles quem penalizam de forma brutal.
Na primeira metade, vemos um filme após o primeiro e o grande plot está em que, após a segunda metade, descobrimos que acontece antes do primeiro. Mas, sinceramente, o filme é uma reunião das teorias da internet e a tentativa de responde-las.
“O Poço 2” até arrisca um debate ao colocar grupos radicais e uma figura religiosa, fanática. Mas, seu mérito mesmo está em chegar, de fato, no fundo do poço.