Crítica: O Problema dos 3 Corpos
“O Problema dos 3 Corpos” é uma série da Netflix que promete tudo e não entrega absolutamente nada, é incrível!
Uma série de cientistas estão abandonando seus trabalhos ou se matando. Um aparelho feito com uma tecnologia impossível transporta seus usuários para um mundo, considerado um jogo, repleto de segredos. Paralelo a isso, o céu pisca e misteriosas pessoas parecem não existir e são enxergadas apenas por aqueles que também conseguem ver sua contagem regressiva. Por mais estranho que esses acontecimentos sejam, todos estão conectados e não se sabe quem está por trás disso. Bom, isso até você terminar o primeiro episódio.
Apesar do título apresentar “o problema”, na verdade a série apresenta problemas. O grupo de cientistas, sendo cinco, é natural que algum se destaque mais. Mas aqui, nenhum se destaca. Tem o riquinho, o que está morrendo, a mais próxima da colega que se matou, a revolucionária e um aleatório que ganha uma importância injustificada no final.
Conveniência também é um ponto que irrita no roteiro. Até entendemos quando algo parece muito conectado, mas aqui… A mãe da primeira cientista é também a líder de um culto. O namorado de uma das personagens é especificamente capaz de exercer uma função para missão. O filho do guarda costas tem, claramente, a ideia que será investida no futuro. Mas isso, claro, se a série tiver um futuro.
“O Problema dos 3 Corpos” realmente tenta ser algo único. Feita por aqueles responsáveis pela adaptação de “Game Of Thrones“, faz com que o autor original ganhe mais reconhecimento. Afinal, é claro que eles conseguem seguir um material base, mas que contar a história por si ou finalizar, não é um de seus talentos.