Crítica: One Piece – Z
“One Piece – Z” é, para mim, o melhor filme do anime que temos disponível até o dia em que publico essa crítica.
Luffy e sua tripulação estão navegando pelos mares até que uma chuva de cinzas paira sobre eles. Atraído pela aventura, Luffy e os demais Chapéus de Palha seguem até que encontram um homem no mar. Chopper ajuda, mesmo que a desgosto dos demais, já que qualquer descuido pode custar bastante. Na abertura, vemos que esse homem misterioso lutava contra a Marinha após roubar artefatos explosivos e, com eles, mandar uma ilha para os ares. Assim que acorda, ele é simpático até que descobre que está em um navio pirata. Inesperadamente sua expressão muda e numa virada de chave, o filme toma um ritmo mais frenético.
Em um padrão de histórias isoladas que trazem personagens antigos e discursões, Z se tonar um dos personagens mais interessantes. Como ex-membro da Marinha, de alta patente, ele foi vendo sua convicção se perder quando, por razões políticas ou estratégicas, decisões eram tomadas que iam na contramão do que a instituição defende. Ao colocá-lo, ainda, como alguém que treinou boa parte dessa geração, ele surge convicto e se despede de forma até emocionante, em sua última batalha.
Aqui o filme não é sobre Luffy e seus companheiros, Z é de fato o protagonista. Até onde uma convicção firme pode nos levar? Será que é uma verdade absoluta o que cremos e nunca podemos pensar diferente? Z odiava piratas, tem seus motivos, mas Chopper o resgatou e ajudou. Será que ele não devia julgar a rena e não sua “profissão”?
“One Piece – Z” nos mostra um oposto, semelhante. Luffy também é obstinado, mas não destrói tudo e a todos em seu caminho. Esse é um filme sobre ir longe demais.