Crítica: O Tarot da Morte
“O Tarot da Morte” é um terror da Sony que é bem feito e pensado, mas que se perde quando tenta estabelecer as regras que vai burlar.
Um grupo de amigos aluga uma casa em uma região afastada. Dentre eles temos Harley, que tem seu lado místico como a louca do horóscopo. Sendo assim, quando encontram um baralho de tarot antigo na casa, é clara que a falta de álcool faz os jovens lerem sua sorte. Cada um deles tem seu futuro interpretado por Harley, que lê seu próprio inclusive, mas que ao irem se tornando realidade, mostra que a leitura não era tão positiva assim.
Admito que filmes de terror envolvendo profecias são os meus favoritos. Como uma pessoa que prefere a jornada ao final, quando há algum elemento que revela o futuro, meu interesse desperta. Dito isso, trazer tudo pelas leituras do tarot, com pistas bem interpretativas, é uma forma bem interessante de misturar o mistério do mito entorno do baralho com o ambiente que o filme traz.
Mas, infelizmente, isso muda quando o filme tenta estabelecer as regras. Afinal, se há uma ordem das mortes que segue a ordem das leituras, no final a ordem mudar a favor dos personagens me tirou do filme. Certo, a resolução é totalmente válida, mas cômoda. Com exceção desse ponto, o restante está alinhado com produções do gênero e com o orçamento. Os efeitos são convincentes, o humor do filme é bem dosado, a trama é estruturada e por mais que sejam rasos, os personagens entregam suas respectivas características.
“O Tarot da Morte” entrega e é válido, mas ele quis ler seu futuro e mudar o destino alterando as suas próprias regras.