Crítica: Oferenda ao Demônio
“Oferenda ao Demônio” é um terror da Paris Filmes que mostra a possessão demoníaca por um ponto de vista diferente, menos católico.
Arthur é distante de sua família, mas quando sua esposa está prestes à dar a luz, eles voltam para Nova York. Entretanto, Clair não é judia e esse detalhe torna sua aproximação mais difícil na comunidade. Além disso, também afeta um pouco os negócios da família que tem uma funerária, dentro da própria casa. Por conta disso, um corpo chega um dia e dentro dele temos um demônio que está furioso e busca sua vingança.
Como disse, apesar de não ser uma novidade a ideia de um demônio possuindo corpos, seja vivo ou morto, a novidade fica em abordar por um ponto de vista judeu. Normalmente, a essa altura teríamos um padre que muito provavelmente seria ineficiente e que a família, com uma falsa sensação de segurança, voltaria para casa.
A ambientação é um plus. Mesmo não sendo um terror, uma casa velha onde temos uma funerária seria assustador. Considerando que no subsolo tem a parte do necrotério então, nem se fala. A tensão vai subindo aos poucos e, os jumps ao menos, são bem colocados. Nem sempre funcionam, verdade. A entidade aqui é mais de perturbar do que assustar, mas quando precisa, consegue. Os personagens são interessantes e sua construção também, dando assim uma resolução aceitável. Apesar de que focar em um demônio “feminino” limita um pouco as situações. Afinal, fica mais fácil de desconfiar e de ver quem será a vítima.
“Oferenda ao Demônio” traz uma novidade em um tema batido, e isso se estende para a criatura. Os cânticos, tradições e propostas de soluções são uma surpresa que nos faz prestar atenção.