Crítica: Oppenheimer
“Oppenheimer”, da Universal, é certamente um dos filmes mais aguardados do ano, mas será que realmente é digno de toda esta expectativa?
O renomado diretor Christopher Nolan e seu elenco estrelado impulsionam todo esse hype criado pelo filme. O longa conta a história do “pai da bomba atômica”, interpretado por Cillian Murphy, e as consequências de sua criação. Contando com justas três horas de filme, “Oppenheimer” é o filme mais longo, e talvez o mais diferente, da carreira do diretor. Aqui, assim como em “Amnésia”, ele intercala o preto e branco com o colorido, de forma a construir mais uma linha de tempo em sua narrativa. Reforçando assim, a necessidade da total atenção do espectador do início ao fim para a melhor compreensão dos fatos, o que o torna um pouco denso.
Obviamente, o filme prioriza o aspecto pessoal do cientista, mas também constrói de maneira habilidosa questões morais e políticas da época durante sua narrativa. Analogias à bomba e a uma explosão na mente do “Prometeu Americano” representam seu sentimento de forma visual e simbólica. Embora não seja expresso verbalmente frequentemente pelo personagem principal, outros personagens, incluindo Einstein, reforçam esse turbilhão interno. A imaginação e os “tremores” representados em tela, contribuem para a demonstração da sensação de Robert ser “a morte”.
Um dos pontos fortes do filme, além das excelentes atuações, é sua excelente trilha sonora, que aprimora e marca todos esses elementos, de forma que as cenas mais tensas e impactantes são aquelas em que o silêncio se faz presente. Por isso para a melhor experiência audiovisual, a opção por uma sala IMAX pode ser imprescindível.
“Oppenheimer” é com certeza um dos melhores trabalhos de Christopher Nolan!