Crítica: Sapatinho Vermelho e os Sete Anões
“Sapatinho Vermelho e os Sete Anões” é uma animação da Paris Filmes que traz qualidade, mas deixa uma proposta que pode ser complicada.
Penso ser impossível assistir a esse filme sem se lembrar de Shrek. Afinal, ambas as obras satirizam os contos de fada e até mesmo deixam uma mensagem semelhante do que é belo. Nesse filme, a Sapatinho Vermelho é a versão “bonita” da princesa do reino. Isso acontece pois seus sapatos são enfeitiçados, dando uma beleza a quem os calça. Os sete anões são um grupo formado por sete heróis, com referência nas lendas Arturianas. Mas para a obra, nos focamos em Merlim. Todos eles também são amaldiçoados, fazendo com que sejam “feios” sempre que alguém está olhando para eles.
Apesar da comparação com “Shrek”, a história tem sim suas peculiaridades e originalidade. Mesmo não conhecendo tanto dos demais anões, é um acontecimento bem comum quando temos muitos personagens em um filme.
Mas apesar de no final trazerem a mensagem de que “o que vale é quem você é por dentro”, a execução pode ser problemática. Afinal, se na maldição dos anões a feiura está representada como uma imagem semelhante a trolls, o mesmo não é feito com Sapatinho. Em seu caso, a forma “bonita” nada mais é do que uma versão “magra” de si mesma. Mesmo com a mudança de personalidade, é justamente a mudança física que mais chama a atenção. E sim, deixa a entender que ser gorda é ser feia.
“Sapatinho Vermelho e os Sete Anões” poderia manter a proposta, mas mudar a execução para algo que não fomentasse um tipo de preconceito. Mesmo com a qualidade da produção, esse pequeno grande detalhe não pode ser desconsiderado para o todo.
Alegria certa para as crianças
Premissa boa, gostei do filme