“Sweet Tooth” me passa sensação de que a Netflix tem matado suas séries, com renovações tardias e novas temporadas muito depois das estreias.

No mundo da série, não se sabe o que surgiu primeiro. O vírus fatal ou as crianças híbridas. Os híbridos são uma mistura de humanos com animais, de diferentes espécies e em diferentes estágios. Alguns tem traços mais humanos, outros chegam a ter uma dominância maior do lado animal. Gus, nosso personagem principal, é um híbrido de cervo. Na primeira temporada ele vai explorar o mundo após seu pai morrer, pai que o mantinha em uma cabana na floresta. No meio do caminho ele aprende mais sobre o mundo e conhece outras pessoas, boas e más.

Ao final da primeira temporada, em 2021, Gus já aprendeu um pouco sobre o mundo e termia preso no Zoológico junto com outros híbridos, com um destaque para Wendy. O local, antes um lar, agora é tomado pelos Últimos Homens, mercenários radicais que querem exterminar os híbridos. Junto deles temos o Dr. Aditya, que busca a cura para o vírus e sua esposa. Do outro lado, temos Grandão e Aimee que arquitetam o plano para salvá-los. A Urso também tenta o mesmo, da sua maneira.

A divisão em três núcleos, em um primeiro momento, é interessante. Mas, acaba caindo em uma repetição. A culpa disso está em um loop de ações entre tentar e falhar que resultam em pequenas novas descobertas. Assim, quando há o real embate final, ele é curto. Contudo, dedica-se um tempo importante para as consequências. As perdas da luta, as escolhas feitas, o mundo agora mais conhecido ou a jornada do futuro.

“Sweet Tooth” perde a força do novo que teve na primeira temporada. Mas, ao menos terá seu fim com a terceira, e última.