Crítica: Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal
‘Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal‘ é uma cinebiografia de um famoso Serial Killer americano. Saindo do convencional quando se trata de assassinos, o filme inova ao trazer o que tornou o caso tão comentado.
Mas partimos do princípio e vamos a pessoa que inspirou o filme. Theodore Robert Bundy foi um dos maiores assassinos na década de 1970. Até onde se sabe ele chegou a matar, com crueldade, pelo menos 30 mulheres. Além desses fatos, chamou atenção por ser bem charmoso e comunicativo. E entre todos esses detalhes o principal, negou firmemente ter cometido todos os crimes.
Uma coisa que eu não costumo comentar normalmente é a questão de atores/atuação. Mas dessa vez temos que reconhecer que a Paris Filmes acertou em cheio com Zac Efron. O ator conseguiu trazer toda a característica de Ted Bundy, e inclusive tem uma boa semelhança física também.
Entretanto, a abordagem do filme pode causar certo estranhamento. Por mais que compreensível, nós já sabemos que ele é culpado e inclusive qual destino teve. O filme deixa até o final a ideia de que talvez ele realmente fosse inocente. Assumem a presunção de inocência do réu e focam na melhor parte dele, onde nem mesmo o julgamento e a perícia mostram as atrocidades de forma convincente. Sério, pelo filme se eu estivesse no júri, eu ficaria em dúvida! Isso se intensifica ainda mais se analisamos nosso atual contexto de lutas femininas e questionamentos quanto ao judiciário.
Por fim, toda história tem seus dois lados ou até mais. Contar dessa vez o lado do assassino e das pessoas próximas a ele, tecnicamente iludidas, é de certa forma um risco calculado. Afinal, já diz o ditado popular que existem lobos em pele de cordeiro, e pelo que vemos atualmente muitos se enganam no mito.
Gostei demais desse filme
Bom.
Interessante.
Ótima análise