Crítica: Terra dos Sonhos
“Terra dos Sonhos” é um filme da Netflix que parece surfar em Sandman por trazer, novamente, a exploração do mundo dos sonhos.
Nemo vive sozinha com seu pai que é o guardião de um farol. Ela já se sente preparada para assumir o trabalho do pai, já que ele lhe ensinou tudo que precisava saber. Antes de dormir, ele conta histórias fantásticas sobre aventuras que um personagem chamado Flip viveu junto dele. Um dia, seu pai desaparece no mar e é dado como morto. Nemo passa a ter terríveis pesadelos e, mais tarde descobre que Flip realmente existe, como todo o mundo dos sonhos. Contudo, agora vive com seu tio e tem de se adaptar a vida numa cidade grande e conviver com outras crianças na escola. Toda essa dinâmica faz com que ela se questione e durma cada vez mais, na esperança de achar pérolas mágicas para ver seu pai novamente.
O conflito entre realidade e ficção, em tese, é a direção do filme. Flip escolheu ficar no mundo dos sonhos até que foi esquecendo aos poucos quem era, e por isso, quer acordar. Já Nemo quer permanecer lá e evitar a realidade de seu pai não estar mais com ela.
Por ser uma aventura em um mundo de sonhos, protagonizado por uma criança e para outras crianças, admito que pecou na imaginação. Mente de criança é, normalmente, criativa. Aqui, os sonhos são bem “pé no chão” e isso pode ser por conta do orçamento. Afinal, criar demais encarece.
“Terra dos Sonhos” tem uma medida ideal ao abordar assuntos relacionados a perda de propósito. Não é aprofundado ao ponto de se tornar um drama, mas também não é raso ao ponto de ser um desperdício.