Crítica: Terror de Parentes
“Terror de Parentes” é uma comédia sobrenatural da Max que, por incrível que pareça, se sustentaria muito bem sem a parte sobrenatural.
Josh e Rohan são um casal e juntos pensam em um fim de semana, numa casa isolada, junto com suas famílias. Entretanto, a casa em questão é assombrada por um demônio que precisa possuir um deles para, assim, poder andar pelo mundo livremente. Junto dele, outros fantasmas estão na casa. Se uma reunião familiar já não é assustadora naturalmente, assim tudo fica ainda pior.
A comédia é, definitivamente, o ponto forte do filme. Desde o início, com a chegada das famílias, vamos entendendo o perfil de cada personagem pelo humor que ele traz consigo. Temos o casal mais sério e, portanto, aquele que sabe pouco sobre o filho e seu namorado. O casal mais leve, parceiro, mas que beira ao humor bobo e sem noção. Por fim, a amiga que surge para equilibrar ao mesmo tempo que traz as falas que fazem a trama rodar. Por conta desses elementos, a parte triste é que o casal não se torna protagonista na trama, mas apenas o motivo de unir o grupo que realmente brilha.
E isso ainda piora quando o elemento do sobrenatural surge na história, de fato. Tanto as assombrações e os mistérios por traz dela apagam a comedia, fazendo o filme ficar mais morno e menos interessante. E isso chega a ser contraditório, pois normalmente todos esses elementos servem para levantar a expectativa e finalizar com o clímax.
“Terror de Parentes” podia focar mais nos parentes e os terrores que o encontro de duas famílias causa. Indiretas, fofocas, descobertas ou segredos, tudo isso pode ser muito mais assustador que um demônio possuindo corpos.