“Toc Toc” é um comédia, disponível na Netflix, que não é um besteirol, mas extremamente bem pensada para o encaixe de cada personagem.

Em um consultório psiquiátrico um grupo de pessoas acaba se reunindo. O que eles tem em comum? Cada um deles sofre de um Toc (Transtorno Obsessivo Compulsivo) diferente. Entretanto, esse encontro é um erro. Afinal, cada um deveria ter seu horário de atendimento separado. Mas o sistema, ainda em implementação, agenda todos os seis para às 16h30min e tudo piora quando o médico responsável se atrasa, e nunca chega. Assim, eles acabam sendo obrigados a se conhecer, discutir suas vidas e se ajudar.

O filme é simples em sua proposta. Boa parte dele se passa dentro do consultório e o foco são mesmo os pacientes. Cada um dos transtornos é apresentado, posteriormente, mas há um espaço para o público entender de qual se trata. A dinâmica é funcional, pois mesmo com alguns menos conhecidos, outros são bem difundidos.

O humor não é bobo, sabendo como tirar proveito da situação. Aos poucos, à medida que os personagens vão interagindo, com as inúmeras desculpas da secretária, percebemos que sim, o Dr. nunca irá chegar e esse é o grupo que vamos acompanhar. Contudo, o mistério sobre o Toc de cada um é substituído pelo mistério da identidade desse grande profissional. Afinal, ele sempre está chegando. E assim permanece até que o grupo se entende e se ajuda, só depois disso a secretária libera todos. Logo, além da comédia, há a descoberta de quem é, dentre todos os personagens, esse médico misterioso.

“Toc Toc” é um filme que com spoilers, você realmente perde parte da experiência. É bom estar atento, pois aos pouco, vemos que uma foto pode ser uma pista e não mero adereço no cenário.