Crítica: Young Royals – 3ª Temporada
“Young Royals” encerra na sua terceira temporada, na Netflix, a história do amor adolescente real, mas protagonizado por dois homens.
Wilhelm entende bem rápido as consequências de seu discurso, ao final da temporada anterior. Ao celebrar a tradição, mas propor a mudança e se assumir, ele faz com que outros façam o mesmo e coloca holofotes em Simon. Em um clássico clichê de classes sociais e a pressão da opinião pública, Simon começa a entender que estar com ele é, também, estar com a família real e passa a sofrer da limitação que Wilhelm sofre. Com a rainha doente, August nomeado na linha de sucessão e todos dando palpite na relação dos dois, as pressões externas se tornam um ponto chave do final da série.
A maior qualidade da série sempre foi, e é, sua pegada de realidade. Desde a caracterização do elenco até seus arcos, por mais que seja uma trama, há uma identificação. Afinal, são todos adolescentes. Porém, a escolha da divisão da temporada, com a exibição posterior do último episódio, é também a quebra permitida para um final mais fantasioso e feliz.
Todos os personagens passam por momentos de colocar para fora tudo que deixavam subentendido, afim de finalizar a trama com o mínimo de pontas soltas. Simon ama Wilhelm, mas não seu posto como príncipe. O mesmo vale para ele, mas que está preso pela família e a confronta. August também tem sua redenção e Sarah demostra uma maturidade e clareza fria, mas precisa. Felici ganha um destaque, da mesma forma que os colegas secundários, mas agora formandos.
“Young Royals” entrega, em seu final, algo agridoce. Afinal, é um fim feliz para o casal, mas que a temporada inteira deixa claro que não é, ou sequer é uma possibilidade, na vida real.