Crítica: Bolt – Supercão
“Bolt – Supercão” é uma animação interessante pois está num limbo da Disney que faz muitos pensarem que não é uma produção do estúdio.
Bolt é o parceiro de Penny. Após o pai da garota ter feito experimentos no cão, ele ganhou superpoderes. Mas, um dia, um vilão com um gato sequestra o pai de Penny e os dois partem numa aventura repleta de ação, onde Bolt usa seus poderes para ajudar Penny a resgatar seu pai. Bom, ao menos é isso que Bolt pensa. Afinal, tudo não passa de um show de televisão, por mais que o cãozinho acredite de fato na história e que, principalmente, tem poderes.
A introdução do filme é excelente. Ao mostrar o episódio da série, começamos até acreditando em tudo. Mas quando um pequeno erro da produção faz o diretor ter um surto, vamos vendo como eles trabalham para manter a crença em Bolt. E, a forma que usam dos efeitos em sincronia com os movimentos de Bolt é, para quem curte um pouco do “por trás das câmeras”, uma bom momento.
Contudo, a fantasia deixa de ser uma quando Bolt foge do estúdio, acreditando ainda estar numa missão. Mais tarde, na rua, ainda pensa que perdeu seus poderes. Tudo isso é uma desculpa para a aventura de Bolt, encarando a realidade, começar e ele conhecer mais do mundo e descobrir que Penny gosta dele de verdade, não apenas pela atuação. E tudo isso é, de longe, o ponto baixo do filme. Não digo a queda na realidade, mas fazer isso numa viagem faz tudo parecer repetitivo e desinteressante. Os demais personagens chegam a ser válidos, até pensando na função do hamster de sustentar a ilusão quanto a gata mostra a realidade.
“Bolt – Supercão” perde a magia quando sai do estúdio, literalmente.