Crítica: O Diabo de Cada Dia
“O Diabo de Cada Dia” é um filme com grande investimento por parte da Netflix. Mas será que valeu tudo isso?
O filme é inspirado no livro “O Mal Nosso de Cada Dia”, que traz os aspectos do ser humano e até onde ele pode ir. Afinal, mesmo em nossa vida pessoal somos rodeados de exemplos em que pessoas próximas fazem coisas extremas para ter o que procuram. Coisas que, inclusive, ela mesmo repudia quando ocorre com os outros!
Esse contexto está em cada um dos personagens. Arvin é um jovem que não enxerga grandes problemas no uso da violência, afinal, para ele é um meio e a forma de mostrar que “não leva desaforo para casa”. Preston é o padre da Igreja e não atua exatamente nos moldes que se espera de um religioso. E o xerife Lee fecha os “principais” como o policial imerso na corrupção. “Principais” entre aspas, pois são os nomes de maior peso, mas o filme não apresenta exatamente um como o principal. Novamente, é a característica do livro que naturaliza as questões e principalmente que cada um é o protagonista de sua vida. Sendo assim, não há porque eleger um personagem como tal para a história.
Entretanto, a estrutura do filme pode prejudicar caso você não acompanhe com bastante atenção. Essa estrutura de núcleos facilmente faz você ter uma “perda”, no sentido de que não está acompanhando a história. Isso piora mais quando alguns fatos se passam em tempos bem diferentes. O destaque está nos personagens.
“O Diabo de Cada Dia” definitivamente não é um filme para todos. Ele traz bastante do aspecto da violência e as diferentes formas que ela está presente em nossas vidas. Considerando sua duração e a complexidade, apesar de compreensível, é uma produção que você ama ou odeia.
Chato