Crítica: Matrix – Resurrections
“Matrix – Resurrections” é o retorno de uma franquia de sucesso da Warner. Apostando na nostalgia e no humor, ao tirar sarro de muitos aspectos pessoais, o filme se apoia nisso para cativar o espectador.
O final aberto de “Matrix – Revolution” satisfazia, mas deixava livre uma provável continuação. Contudo, com o desempenho em bilheteria, isso não aconteceu. Porém, todo o universo continuou em seus derivados como games e animações. Até que em 2021 temos a sequência e as expectativas foram altas. Afinal, se no início dos anos 2000 a rede dava espaço a imaginação, hoje diversos conflitos e debates estão mais presentes do que nunca.
Ressuscitados pelas máquinas, o casal protagonista vive separado em uma nova versão da Matrix. Neo volta ao seu antigo nome, mas agora ele é um dos maiores designers de jogos do mundo, por criar “Matrix”. Entretanto, ainda tem flashs de memórias que, para contornar, as máquinas o tratam como um suicida que constantemente é acompanhado e medicado com uma pílula azul. Já Trinity agora é Tiffany, casada, tem dois filhos, mas que também se sente diferente.
Ao longo do filme assistimos cenas da trilogia inicial, o que é muito bacana no início. Temos menções aos acontecimentos, as teorias criadas são postas em tela e até mesmo as maiores críticas são ditas e assumidas. Contudo, essa dinâmica acaba deixando de ser interessante pela repetição. Assim, chega um ponto no qual a sensação que fica é de que não há história, apenas um revive que apela para a nostalgia.
“Matrix – Resurrections” é tanto uma continuação como uma nova possibilidade. Inclusive repete uma das fórmulas do primeiro filme. Só nos resta aguardar o retorno da bilheteria para descobrir se teremos mais de Matrix, mesmo sendo clara a intenção.