O novo terror da Universal é baseado no jogo indie “Five Night at Freddy’s“, de Scott Cawthon, que também foi um dos roteiristas do filme.

O filme é sobre Mike Schmidt, um guarda noturno que acaba indo trabalhar numa pizzaria abandonada por causa de acidentes e desaparecimentos que ocorreram na década de 80. Com 12 anos ele viu seu irmão ser sequestrado e esse evento o deixou traumatizado. Hoje ele cuida sozinho da irmã mais nova, depois dos pais morrerem, e está disputando a guarda.

O filme não é tão bom para ser um clássico do cinema, nem tão ruim para ser um clássico trash. Embora sua premissa tenha potencial para se tornar um ótimo B Movie, como Bonecos Demoníacos e Bonecos da Morte, clássicos da década de 80. No entanto falta latas de sangue falso e desmembramentos. Como sua classificação é PG-13, as mortes não acontecem nas câmeras e muito é deixado no subtexto. Para criar o terror, o filme se fia muito em sustos baratos, que talvez possam atingir os mais jovens.

Ao mesmo tempo, a história paranormal de fantasmas habitando os animatrônicos não dá muita liga. É um desses que tentam mostrar que uma noite aterrorizante é tudo o que uma criança precisa para ser uma criança normal, ao invés de criar traumas permanentes.

“Five Night at Freddy’s” é um trash que vai agradar quem gosta de um bom cinema ruim, mas também vai agradar os fãs de um bom filme de terror e possivelmente dirão que caiu naquela maldição que o Super Mario Bros quebrou. Não é um filme para passar uma noite arrepiante, mas talvez para assustar meus sobrinhos numa noite de Halloween.