Crítica: Amor ao Primeiro Beijo
“Amor ao Primeiro Beijo” é um filme da Netflix que faz bem seu papel e entrega sua história de forma satisfatória.
Javier é um homem que possui uma habilidade peculiar. Ao beijar uma mulher, ele consegue ver toda a vida que estão destinados a ter juntos. Além disso, também é dono de uma editora que, após apostar em uma autora específica, se vê passando por dificuldades. Por conta de seu poder, ele vive os relacionamentos de uma forma seca, sem surpresas, desde o início até o término. Apesar de ninguém acreditar nele, nem seu melhor amigo que apenas finge, ele se vê em um dilema. Um dia ele beija a namorada dele e percebe que ela é a mulher de seus sonhos, seu par perfeito. Com relacionamento deles abalado, será que ele deve investir nessa relação?
Pois é, o dilema apresentado no filme é bem intrigante. Em meio a um deslize, Javier passa a ter a esperança no amor enquanto põe em risco sua maior e mais duradoura amizade. Contudo, o casal não é feliz. Por mais que seu amigo esteja investindo, sua namorada não apresenta o mesmo entusiasmo. Ao final, ou não, Javier se torna o talarico que é destinado a ser. Mas ver o futuro tem seu preço que é cobrado quando, pela inexpressividade, também não tem a vida que previu.
Isso nos faz pensar, onde está o erro? Será que em meio as diversas coisas que passamos, se soubéssemos, elas seriam melhores ou piores? Não precisava disso para ser “feliz”? A felicidade está justamente na surpresa? Enquanto Javier se pergunta e conhece Lucia, uma mulher que ele beija e não vê nada, se torna a saída que ele tanto buscava.
“Amor ao Primeiro Beijo” não é a primeira opção, mas vale sua atenção.