Crítica: As Aventuras de Gulliver
“As Aventuras de Gulliver” são, como um todo, bastante conhecidas e portanto ganharam várias adaptações. Dessa vez, a animação da Imagem Filmes traz uma visão do ocorrido após a visita do herói a ilha dos pequeninos.
Nessa adaptação temos uma visão mais realista de tudo, apesar de ela mesma se contradizer. Lilliput está aguardando ansiosa o retorno de seu herói gigante, mas quando ele chega é diferente. Gulliver não é grande, tão pouco alto. Isso faz com que os moradores desconfiem de quem é e um julgamento é marcado. Entretanto, pelo lado de Gulliver, ele passou pouco tempo longe e para os Lilliputianos se passou cerca de 48 anos.
É nesse ponto que meu maior incômodo com o filme tomou forma. Em seu início, ele flerta com magia. É de se entender que o Rei tem algum tipo de poder, já que seus decretos influenciam o tempo e até a memória das pessoas. Contudo, na trama final, esse recurso se mostra perdido e tudo é ignorado para que a lição de moral do filme tenha um peso maior.
Há inclusive uma cena na qual, quando confrontado, o Rei demostra ir atrás de um segredo e quando abre seu cofre, tal artefato não está lá. Ele se espanta e só depois vai atrás de Gulliver para pedir ajuda. E essa cena serve apenas para mostrar a desistência do teor mágico, já que nada mais é mencionado ou se preocupam com a perda de tal item super poderoso.
“As Aventuras de Gulliver” diverte, mas para os mais atentos, esse detalhe pode sim gerar uma frustação. Não acredito, de verdade, que os pequeno notem tal detalhe, mas sabemos que filmes não são mais feitos só para os filhos, mas também para quem os leva as salas de cinema.