Crítica: Assombrosas
“Assombrosas” é um filme da Netflix que consegue medir o tom da comédia com a proposta de terror sobrenatural.
Sagrário, Paz e Glória formam um grupo de investigação paranormal. Apesar de negarem, são sim amigas e tem uma dinâmica bem interessante. Cada uma, de sua forma, tem razões para estar no grupo, quanto sua vida fora dele, que até tentam deixar tudo bem separado. Porém, uma dia, Padre Girón recebe uma dica de assombração que, se não fosse pelos depoimentos, iria ignorar. Infelizmente, no primeiro encontro ele acaba decidindo ir sozinho até o local, é atacado e vai para o hospital. Sendo assim, agora as mulheres tem uma razão para ir até o fim com essa investigação.
O filme tem um clima cômico muito bom, mas não deixa de ser tenso nos momentos de terror. É um equilíbrio muito bem feito, sabendo onde cada estilo deve ser utilizado. Sendo uma produção que simula a realidade, é natural que há quem duvide dos fantasmas com justificativas científicas. Por isso, até mesmo nós somos iludidos, pois o sobrenatural que dá medo, fica mais para o final. Já que um dos vilões é humano.
De forma simples, o filme consegue deixar clara sua mitologia própria. Seja como funciona os poderes das bruxas, o contato com os mortos, papel da religião ou como os humanos acabam por influenciar o sobrenatural. Os efeitos especiais em si estão longe de serem um grande exemplo, mas a essência faz com que isso não seja tão incômodo quanto normalmente seria. É uma aventura clássica, para aproveitar em família e se distrair da rotina.
“Assombrosas” é um ótimo exemplo de como o gênero pode trazer boas produções, se reinventando aos poucos.