Crítica: Amor Sem Medida
“Amor Sem Medida” é uma comédia nacional da Netflix que se encontra entre polêmicas que afetam seu desempenho na plataforma.
Ivana é uma advogada recém divorciada que acaba perdendo seu celular. Ricardo Leão, um famoso cirurgião é quem encontra o aparelho. Ricardo procura por Ivana e marca um encontro para devolver o aparelho, mas chegando no local a moça se surpreende com a diferença de altura entre os dois. Agora Ivana tem que escolher entre a pressão familiar ou seguir seu coração.
O filme é quase uma cópia de “Um Amor a Altura”, a personificação do meme “copia, mas não faz igual”. Essas incríveis semelhanças já o deixam em uma posição complicada de comparação. Mas ainda assim, a mensagem contra preconceito é válida e merece o destaque.
Entretanto, o filme peca no mesmo ponto que tenta valorizar-se. Ricardo Leão é um personagem com nanismo, que inclusive reflete sobre isso. Mas Leandro Hassum tem 1,80 de altura, e é diminuído digitalmente para viver o papel. Sendo assim, temos um filme que luta contra um preconceito perpetuando o mesmo. Porém, o humor do filme é válido, com a maioria das piadas funcionando. Sabem como explorar os cenários e conduzir as tramas secundárias delicadamente. Não só os outros aprendem a lidar com o preconceito contra Leão, mas ele também aprende com seus próprios erros.
“Amor Sem Medida” tem uma mensagem bacana e um humor válido, mas infelizmente é mais lembrado pela contradição e quase cópia.