Crítica: Guardiões da Galáxia – Vol. 3
“Guardiões da Galáxia – Vol. 3” é a conclusão das aventuras da equipe mais improvável, mas mais funcional, de toda Marvel.
É impossível não ver o filme como uma despedida, ainda mais pela trajetória de James Gunn. Logo, todos os personagens começam o filme carregando os finais de seus arcos. Peter está triste por Gamora, que não é bem a Gamora que conhecemos, e agora está com os saqueadores. Drax e Mantis mantém sua dinâmica, mas ambos estão querendo ir além desse papel. Nebulosa assume “Lugar Nenhum”, tentando ter o lar que sempre quis. Groot está crescendo, apenas. Mas Rocket está reflexivo, afinal chegou a hora de contar a história que sempre escutamos, incompleta.
A grande quantidade de personagens pode assustar, mas tudo aqui é bem trabalhado. Outros membros entram para o grupo dos Guardiões, e apesar de não estarem durante toda a aventura, suas participações são certeiras. Por mais que seja a despedida, ainda há esperanças e uma nova dinâmica para vir.
Guardiões é tudo aquilo que os filmes anteriores perderam, a identidade. Desde “Dr. Estranho 2“, a sensação era de um automático total, um filme sem motivo e apenas para entregar o calendário. Os personagens são únicos, o vilão é de fato ruim, apenas por ser ruim. Os efeitos especiais são incríveis, com direito a um planeta totalmente orgânico que você até sente a pisada na carne. Uma história contida em si, sem as milhões de conexões, mas muito bem trabalhada. E cores, muitas cores.
“Guardiões da Galáxia – Vol. 3” é tudo aquilo que nós pedimos nos cinemas desde antes da pandemia. O triste é, para a Marvel, que tudo isso venha do DNA James Gunn, que agora está indo para a concorrência. A esperança valeu a espera, mas agora, é na DC.