Crítica: Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
“Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” é um filme nacional que surge após o sucesso do curta “Eu Não Quero Voltar Sozinho”. É interessante ver como a mesma história pode ganhar abordagens tão diferentes.
O norte das obras Leo, um garoto cego que tem como melhor amiga Giovana. Mas a amizade da inseparável dupla acaba se conturbando quando Gabriel, um garoto transferido, entra na escola. Assim, a dupla se torna um trio e algumas divergências surgem disso. No curta “Eu Não Quero Voltar Sozinho”, disponível no Youtube, o foco é o amor de Leo e a vontade dele de estar com Gabriel. Afinal, ele NÃO quer voltar sozinho.
Já o longa se foca mais em Leo buscando sua liberdade, ele QUER voltar sozinho. Percebemos dessa vez que a descoberta da sexualidade acaba ofuscada pelo desejo de independência. Assim, a vida do jovem cego e suas dificuldades, não para consigo mesmo, mas na dificuldade dos outros em dar a ele a liberdade para ser e viver como quiser, ganha protagonismo.
Leo é um adolescente normal que está se descobrindo e não vê como uma dificuldade a sua deficiência. Obviamente, seus pais são super protetores e isso é perfeitamente compreensível. Mas Giovana sempre o ajuda e parte do conflito nessa amizade começa no momento que Gabriel começa a fazer por Leo o que ela fazia. Acrescentando o crush, a garota começa a ter ciúmes, que pioram com o triângulo amoroso. Porém, acho ruim o filme ter mostrado Giovana, a um primeiro momento gostando de Leo e depois tentando se relacionar com Gabriel. Podia sim ter deixado no ciúmes da amizade que é algo super recorrente nessas relações.
“Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” é um ótimo filme e está disponível na Netflix no momento que postamos esse texto.
Muito chato.
Muito monótono e tedioso, não gostei.