“Locke And Key” chegou com sua terceira e última temporada na Netflix e conclui tudo de forma satisfatória, porém previsível.

A segunda temporada termina com o final de Dodge, Tyler esquecendo a magia e a mãe dos garotos sabendo de tudo e fazendo uso da chave da memória. Mas também mostra Frederick retornando e já estabelecido como um ser mais poderoso e ameaçador. Sendo assim, tudo aqui já começa na ação já que pouco precisamos de introdução. O mais perto disso está no resumo, clássico da Netflix, e no processo de Frederick de descobrir o que são e como funcionam as chaves. Porém, o trunfo é o retorno de Dodge, após Bode voltar no tempo e trazê-la.

Tyler logo volta a se lembrar, o que eu achei desinteressante. Ok, normalmente podemos nos arrepender de certas escolhas, mas isso tira o peso da decisão dele além de fazer com que ele tome novamente o protagonismo. Assim, para além de uma ajuda, seu retorno apaga Kinsey e sua liderança. Não há novas chaves como antes, mas as novas são as mais interessantes. A chave do tempo, que permite o retorno por um período estabelecido e a da criação, capaz de tornar realidade qualquer desenho feito com ela.

Frederick não é apenas mais forte, mas também mais esperto. Ainda sim, ele se beneficia bastante da burrice de alguns Lockes, que se antes parecia conveniência, já é oficial a lerdeza. A série é boa, dada a proposta, mas a decisão final, mesmo que previsível, é uma afirmação de que chegou ao fim. Leve, divertida e que sabia ser séria quando precisava. Contudo, por ser o final, poderiam investir em mais caos.

“Locke And Key” ainda pode gerar novas histórias, afinal a magia ainda está na casa.