Crítica: Maré Nostrum
É sob um céu chuvoso que o misterioso “terreno mágico” dá um sinal dos seus poderes. Quando os pais dos personagens negociam sua venda, anos mais tarde, eles voltam a lidar com isso. ‘Maré Nostrum‘ é um filme nacional que, mesmo com esse elemento fantasioso, é realista.
Roberto é um jornalista, que volta ao Brasil depois de perder o emprego na Espanha. Divorciado e com uma filha, ele se depara com uma dívida. Mitsuo também volta ao país depois de perder tudo durante o Tsunami de 2011, em Fukushima.
Enquanto Roberto luta para conseguir pagar a dívida com a venda do “terreno mágico” de seu pai, ele descobre na prefeitura que precisaria de uma assinatura do pai de Mitsuo. Mas Mitsuo, por outro lado, é uma pessoa bem sem noção. Após voltar para casa ele decide criar sua empresa de Design Gráfico, para isso ele pede R$ 20.000 reais à irmã. Ainda, joga na cara dela que ela mora na casa do pai sem pagar aluguel. Mesmo Mayumi tendo cuidado do pai e da peixaria da família. Para piorar, depois de fracassar ao pedir um empréstimo, chantageia Roberto pela assinatura do pai.
Com cenas que se resolvem com diálogos e deixam tudo bem entendível para o espectador, a busca e determinação de Roberto é cativante. Diferente de Mitsuo, que é um péssimo exemplo de ser humano.
Mas um detalhe que percebi em ‘Maré Nostrum‘, mas posso estar errado, é a tecnologia do filme. O longa se passa em 2011 e a filha de Roberto se questiona sobre o Wi-Fi na casa da avó, de não poder ver suas séries no tablet. Não sou perito em tecnologia, mas não me recordo dessa tecnologia ser tão disponível já nesse ano.
Regular.