Crítica: Na Mesma Onda
“Na Mesma Onda” é um original Netflix que é fofo, mas se torna esquecível em meio aos outros filmes com temáticas semelhantes. Principalmente por ser um romance adolescente que não prende ou comove o suficiente.
Sara e Lorenzo tem em comum o amor pelo mar e competições. Dessa forma, durante um acampamento voltado ao esporte, se conhecem e como era de se esperar, se apaixonam. Por se tratar da proposta do gênero, todo esse início de romance é fofo com cada troca de olhar. Entretanto, já nesse início temos um pouco dos problemas que, ao se repetirem ao longo do filme, ficaram difíceis de se ignorar. Afinal, é de se entender que nem todas as cenas sejam impactantes em qualquer produção, mas aqui essa sensação perdura.
Durante um dos últimos treinamentos, Sara acaba errando e chamando atenção dos demais. O que poucos sabiam é que Sara tem uma doença degenerativa e o acidente era um sinal de seu avanço. Claro que ela também não contou a Lorenzo seu segredo, e não tinha essa intenção até que o garoto descobre por meio de seus pais. A partir disso, temos um casal tentando viver o romance e superando os desafios.
Algo que devo reconhecer é que em nenhum momento o filme abre mão da veracidade pela fantasia do romance com superação. Durante a trajetória do tratamento de Sara vemos ela lidando de forma bem real. Não só ela, como também seus colegas de fisioterapia, inclusive com a morte de um deles. Também temos a interferência dos pais da garota, que inicialmente desaprovam o namoro com Lorenzo e inclusive advertem quando seus “momentos fofos” impactam diretamente os rumos do tratamento e, consequentemente, o avanço da doença.
“Na Mesma Onda” é um filme teen que explora paisagens, mas fica apenas nisso.
Chato