Crítica: Não Olhe Para Cima
“Não Olhe Para Cima” teve seus anúncios na Netflix editados para soar como uma comédia. Entretanto, com o objetivo de alertar sobre o aquecimento global, acertou na pandemia e na política, principalmente nacional.
Kate Diniasky está monitorando o espaço quando percebe um corpo vindo em direção ao planeta. Com isso ela alerta o Dr. Randall e ao fazerem os cálculos percebem que com seu tamanho e velocidade, o impacto ocorrerá em pouco mais de seis meses, exterminando a vida na Terra. Agora, eles devem alertar o mundo sobre o problema para que, talvez, consigam sobreviver. Mas o que eles não contavam é que interesses além da sobrevivência humana estariam no caminho.
Com o alerta do aquecimento global, o filme acertou na pandemia. Afinal é semelhante aos alertas ignorados por quem está no poder. Mas aqui o meteoro é mais imediato, podendo acelerar a trama. A mídia notifica tudo com um tom de humor, desmerecendo o fato. Mas é no núcleo político que está o maior destaque e, infelizmente, maior semelhança com o atual cenário nacional.
A Presidente Orlean recebe a notícia, mas é aconselhada a aguardar. Afinal, os “seus cientistas” não estavam cientes ainda. Além disso, há também Jason, filho dela que basicamente só tem isso como relevância. Ela decide ignorar o fato até que as eleições do Senado passem e só dá atenção quando sua reeleição está em jogo. Porém, com tudo pronto para resolver o problema, voltam atrás quando um excêntrico empresário decide que é melhor explorar o cometa em busca de dinheiro.
“Não Olhe Para Cima” deveria ser uma comédia, mas há o medo real de ser uma premonição. O filme foi chamado de um filme para “inteligentes”, e isso é bem triste. Afinal escancara como os estúpidos estão no poder.
PArticurlamente não curti o filme, achei pouco intelectual, possui um elenco incrivel, mais infelizmente não cumpriu o que prometeu.