Crítica: O Primeiro Homem
‘O Primeiro Homem‘ é um filme da Universal que mostra o quanto a realidade é capaz de contar histórias magníficas. Além disso, também mostra que o spoiler não é o grande destruidor de uma história. Afinal de contas, você já sabe que Neil foi o primeiro a pisar na lua, né?
É difícil descrever o filme mesmo estando acostumado a fazer isso. Ele prende você do início ao fim, mesmo quando deveria ser menos atrativo.
Acompanhamos bastante da vida pessoal de Neil, que não é a mais conhecida parte de todo o evento. Os dramas pessoais e profissionais dão a carga emocional precisa, numa medida mais que certeira.
Toda corrida espacial é parte do nosso currículo escolar, mesmo que não aprofundado em alguns possíveis casos. O básico é de conhecimento geral, tudo parecia indicar que o primeiro homem não seria um americano.
Todo esse processo é apresentado enquanto vemos a preparação dos astronautas para as missões. Presente no trailer a frase “precisamos falhar aqui embaixo para não falhar lá em cima“, é muito boa para resumir alguns dos acontecimentos da corrida espacial.
Para além da preocupação da maioria, a qualidade gráfica e do som também merece ser destacada. Filmes que “se passam no espaço” costumam pecar em alguns aspectos mais fatídicos e, ao menos, não reparei nenhum ato falho grave.
Por fim, espero ver o filme em ao menos duas categorias para o Oscar do ano que vem. É uma verdadeira experiência sensorial e mostra como alguns detalhes podem sim fazer a diferença. O seu maior inimigo para atrair o público talvez seja o fato de ser uma história que todos já sabem o final.
Um dos melhores do ano!
Um roteiro muito longo, mais é bom.