Crítica: Uma Quase Dupla
“Uma quase dupla” é um humor nacional protagonizado pela Tatá Werneck, que faz o papel de Keyla, e Cauã Reymond, que faz o Cláudio. Quando um assassinato misterioso ocorre em Joelândia, eles são chamados para investigar o crime juntos.
A forma com que a história é conduzida deixa todo o foco e espaço para os dois atores, uma vez que os demais personagens não chegam a ter relevância na trama. Para aqueles que, como eu, estão bastante acostumados com essa temática, não chega a ser um ‘mistério’ quem é de fato o assassino.
Mas, por se tratar mais de uma comédia do que um filme policial, podemos tentar avaliar o filme pelas risadas. O personagem Cláudio é bem ingênuo e puro, aquela imagem de pessoa do interior. Um ponto positivo, é que apesar dessa ingenuidade ele não é um completo idiota. Entretanto, ele tem umas cenas bem bobinhas.
Já Keyla, é uma policial da capital bem estressada e mais “macho” que todos da cidade. Por ter que chegar a um certo local, o roteiro deu a impressão de suprir o talento de Tatá Werneck e as cenas que realmente traziam o humor que ela apresenta são aquelas que se assemelham a momentos improvisados.
O criminoso tem o objetivo de matar “gente chata” e essa foi a melhor sacada por traz do filme, afinal de contas quem nunca teve a vontade de esganar uma atendente de call center? Ou não aguentava mais um adolescente com atitudes infantis?
Temos sempre que reconhecer em todos os produtos qual o real público dele. Assim “Uma quase dupla” tem seu espaço no cinema nacional como um humor para aqueles que se divertem com situações bobas. E se você for ao cinema esperando por piadas que são mais como “tiradas” ou “patadas”, pode se decepcionar.
A critica já diz tudo. Filme mediano.