“Duna” é o maior nome da Warner para o ano de 2021, se não talvez, um dos maiores filmes dentre todos esse ano.

Esperado por muitos, inclusive pelas expectativas, o filme é sim muito bem produzido e graficamente incrível. O tempo de duração longo é justificado, não pelo enredo ou roteiro, mas pelas cenas em que o mundo é apresentado. Temos paisagens magníficas que interagem com os efeitos especiais. Além, claro, de mostrar o trabalho da equipe na construção do maquinário de guerra. Afinal, se é um filme de ficção científica, que a viagem seja detalhada e deslumbrante.

Esse filme adapta a primeira metade, talvez um pouco mais, do livro de origem. Sendo assim, é compreensível que alguns dos elementos fossem introdutórios. Entretanto, essa introdução ainda fica muito subjetiva e confusa. Sabemos da história pelo ponto de vista da família Atreides, de certa forma. Mas há um povo, muito importante, citado constantemente, contudo, também pelos olhos dos outros.

Assim, o longa passa todo o seu tempo entre a guerra dos tronos, que dizer, das casas do império e exibir os mundos onde ocorrem. Porém, apesar de não ter terminado, já que Paul termina vivo, o filme acaba respondendo coisas que seriam ótimos gatilhos e surpresas. Poderiam ter omitido que um certo personagem sobrevive após a tentativa de assassinato, por exemplo. Dessa forma ele termina como começou, com uma promessa de uma aventura enquanto nos apresenta uma cena graficamente incrível.

“Duna” certamente será aquele filme que não é bom de analisar sozinho, e sim quando estiver completo. Mas um comentário extra, como foi exibido em IMAX, não tenho certeza se o som do filme, em geral, é muito estourado, ou se foi um detalhe da sala. Talvez a equipe de som não acompanhou a equipe gráfica!