Crítica: Elementos
“Elementos” é o mais recente filme da Pixar e mostra que os opostos podem sim se atrair e até viver sua própria história de amor.
Ember é uma garota de fogo, literalmente. Mas seu perfil faz com que tenha explosões. Em uma cidade onde diferentes elementos convivem, a população do fogo é a mais marginalizada. Enquanto isso Ar, Terra e Água parecem conviver em maior harmonia. A família de Ember foi para cidade em busca de uma vida melhor, mas aos poucos a garota vai causando ainda mais caos enquanto tenta manter esse legado vivo. Nesse caminho, ela conhece um jovem da água, Wade, e os dois começam a se aproximar até que algo impossível passa a se tornar real.
Dentre todos os filmes da Pixar, a questão entorno do diferente e como ser diferente é bom nunca foi representada de forma tão amorosa. Sim, tivemos casais, mas aqui é claramente uma adaptação elementar de Romeu e Julieta. Se não fosse uma animação, podemos claramente considerar um romance para o dia dos namorados.
Porém, esse era mesmo o foco? Ou melhor, qual é o foco? Essas são as dúvidas dentro do filme. O romance dos personagens entra em foco, mas todo o aspecto desse universo se apaga. Afinal, pouco vemos da cidade e seu funcionamento, apenas em off enquanto o casal passeia pela cidade. A dinâmica da imigração, debate bem presente, também se perde. Seguir o caminho que sua família determinou ou seguir seu sonho? Dessa vez, talvez, cabe ao espectador definir qual aspecto lhe atrai mais no momento.
“Elementos” pode ser um filme que muda muito a depender do momento do espectador. Uma aventura, um romance ou uma animação para se distrair no fim de semana.