Crítica: A Lenda de Golem
‘A Lenda de Golem‘ é um terror da Play Art que se garante enquanto drama. Mas alguns pontos, principalmente sociais, devem ser ressaltados.
No longa, temos uma mulher que é vista negativamente por não ter filhos. Seu marido, inclusive, é orientado a deixá-la por conta disso e teria o apoio de sua fé. Mas ele continua ao seu lado e ainda a ajuda com os estudos, esses quais não são permitidos. Hanna é a esposa que na verdade evita engravidar novamente. Descobrimos então que o primeiro filho do casal havia morrido e que ela não queria passar por aquilo novamente.
Filmes com temáticas de época hoje se tornaram uma forte forma de mostrar questões culturais. No início do longa, constantemente somos apresentados aos papéis dos homens e das mulheres no vilarejo. Temos a mãe solteira, a mãe infértil, o casal jovem e o homem sábio que está à frente da vila e da religião.
É quando um vilarejo vizinho ameaça o seu, que Hanna decide tomar a atitude de enfrentar a ameaça. Ao criar o Golem, desaconselhado pelos homens, a criatura toma a forma de um garoto. Hanna, então, passa a tratar a criatura como seu próprio filho. Temos nessa ligação a maior complexidade em relação a Hanna e o Golem.
Aparentemente, a criatura seria um protetor de sua criadora. Mas, em determinados momentos ele toma suas ações voluntariamente. Ser um protetor não é o mesmo que seguir ordens, e isso o filme deixa claro. A conexão emocional entre eles faz o garoto atacar pelas emoções e não só proteção.
Infelizmente, Hanna é apresentada como uma mulher incrível e termina com um ar de “devia ter escutado os homens”. Para os tempos atuais, essa pode ser uma mensagem negativa. O filme é mediano, a aprovação depende bastante do espectador.
Parece interessante
É um terror fraco.
Se quiser terror melhor boneco assassino do que esse filme.