Crítica: X – A Marca da Morte
“X – A Marca da Morte” é um slasher que se divide, apresentando um suspense na primeira metade e só partindo para o terror depois.
Um grupo de jovens estão filmando um filme pornô. Mas o grupo sonha com o estrelato e o diferencial da produção é que ela tem uma história, e não são apenas cenas de sexo avulsas. Para isso, como local de gravação, alugam uma cabana no interior do Texas de um casal de idosos bem estranhos. Porém, depois que começam a filmar, coisas estranhas acontecem e eles vão se encontrar numa verdadeira história de filme de terror.
Por se passar na década de 80, a estética é respeitada, até mesmo no estilo do filme. Talvez esse ponto foi o primeiro que já causou uma estranheza. Da mesma forma, o que mais permeia a trama são os temas de amor, sexo, religião e pecado. O casal que se ama, mas é aberto sexualmente. O outro que está junto apenas pela atração física. O “puro”, fiel tanto em mente quanto corpo e aquele que está junto, ainda há o desejo, mas é limitado pela idade e as limitações que costumam vir com ela.
Entretanto, nada prende. O tempo gasto no desenvolvimento parece ter consumido também o proposto para o terror. Afinal, assim que começa, a sequência de mortes não para e gera até dúvidas quanto a capacidade dos idosos. Se em um momento ele demora séculos para ir de uma casa a outra, no outro consegue fazer um caminho maior em um tempo aparentemente muito menor. Além de umas dicas dadas ao longo do filme que, ao contrário de sutis, contam o desfecho que alguns personagens.
“X – A Marca da Morte” mata… o tempo e o espectador.