Crítica: Invencível – 2ª Temporada
“Invencível” é uma animação da Amazon que está mostrando uma nova abordagem para as animações de heróis, mas é tudo isso mesmo?
Após todas as revelações envolvendo seu pai, Mark segue a vida de herói enquanto tenta também ter a vida do jovem universitário. Junto dele, sua mãe também tenta superar tudo, sendo que de início a dependência do álcool é o recurso e a superação do vício passa a ser também uma realidade. Contudo, uma escolha da plataforma foi dividir a temporada em duas, mesmo com os episódios semanais. E isso quebrou a sequencia, tanto quanto a audiência.
A série sempre foi considerada mais adulta e, por isso atraiu bastante os fãs. Não só pelo material original, mas também por fugir da premissa de que “ser adulto” é apenas falar de sexo a casa 10 segundos e ter partes do corpo arrancadas. Não se engane, ainda há isso. Mas também há espaço para debates sobre amadurecimento, crises humanas e heroicas e até sobre se estão ou não do lado certo da briga.
Ao quebrar a temporada, a plataforma quebrou a trama. Tanto que, inclusive, muitos sequer viram que ela retornou e chegou ao seu fim. Se antes, de uma temporada para outra, precisamos de um resumo, aqui na mesma, é complicado. Em seu retorno, muito perdeu o peso. Debby teve sua perda, mas o impacto foi reduzido. A crise de Mark também se torna mais uma quando, mesmo com seu pai sendo levado. Até a dúvida de Eve, que a faz voltar para um lar que era abusivo, é apagado quando ela retorna após uma conversa.
“Invencível” parece querer se provar como invencível, também, em seu nicho. Mas, como o herói, dessa vez apanha feio.