Crítica: La Casa de Papel – Final
“La Casa de Papel” é a série que popularizou as produções de língua espanhola na Netflix, mas mesmo com seus altos e baixos, chega a uma conclusão satisfatória.
Pelo histórico das críticas da série que fiz, é de se imaginar minha contenta em saber que ela teve seu final. Mas para além disso, que o final consegue ser interessante, mesmo com os absurdos. Desde sua terceira temporada, a série do grupo de cidades assaltantes vem sendo arrastada em nome da publicidade. Maior prova disso é Berlim, um personagem que os produtores claramente se arrependeram de matar. Afinal, todo o flashback feito é uma forma de forçar muito um plot para que o Professor tenha mais um desafio do lado de fora.
Tanto que, nessa segunda parte, podemos dizer que nem tanta coisa acontece dentro do banco. Os acontecimentos seguem, influenciam, mas o que move mesmo é Sierra e o Professor contra a equipe de investigação. Sierra que, como personagem, coloca em cheque nossa suspensão da descrença, até por dizer em voz alta que “acabou de dar a luz”. Por mais forte que seja, é realmente possível uma mulher de acabou de dar a luz, em parto natural, fugir e furar um bloqueio policial? E para além disso, poucas horas depois também rodar por vários quilômetros atrás de uma pista?
Por fim, a estratégia de vitória é tão absurda quanto, mas condizente com o que nos foi apresentado até o momento. Com um final feliz, até demais, e emocionante, a sensação que fica é que priorizaram as vontades dos espectadores à coerência, tomando menos riscos e acertando no apego emocional.
“La Casa de Papel” fez história e deixa seus spin offs, já confirmados, para a alegria dos fãs.
Otimo