Crítica: Monstro
“Monstro” já está disponível na Netflix, e é mais um drama de tribunal com um final emocionante!
Se “Os 7 de Chicago” já foi um grande trabalho, aqui temos mais uma boa produção do gênero que aborda algumas questões sociais. Acompanhamos o julgamento de Steve Harmon, um garoto de dezessete anos que supostamente estaria envolvido em um assassinato. Dentro deste contexto, o garoto fica preso por algum tempo e espera provar sua inocência perante um julgamento totalmente racista. Mas, como já é de se esperar, provas e testemunhas dificultam o trabalho de sua advogada e atrapalham a imagem do garoto aos olhos do júri.
Em grande parte do filme, o garoto narra sua vida dentro da prisão e fala sobre seus sentimentos, como se estivesse de fato, vivenciando seu filme. Assim, a metalinguagem se torna um importante fator, já que o garoto sonha em ser cineasta. Vemos o jovem na prisão se atentando a pequenos detalhes, como a iluminação no pátio, e o contraste de cores dos prisioneiros com a parede. Junto a isso, ainda temos as emocionantes visitas dos pais, que deixam seus sentimentos a mostra, mas sem necessariamente falarem sobre.
Isso tudo contribui para criarmos um vínculo com o garoto e ficarmos com uma pulga atrás da orelha até o veredito. Um garoto honesto e sonhador teria se deixado levar por suas “amizades”? Mas, e se ele é realmente inocente, ele será julgado de forma correta?
“Monstro” é mais um filme que busca o questionamento do espectador sobre um sistema jurídico falho e preconceituoso.
Muito bom