Crítica: Os Novatos
“Os Novatos” é uma comédia da Netflix que é feliz em seu desenvolvimento, mas ainda falta algo para alcançar seu potencial.
Benj e seus amigos estão prestes a começar o ensino médio em uma nova escola. Em meio as inseguranças, cada um quer criar sua imagem e pensar em como se estabelecer para os próximos anos. Em meio ao convite para a primeira festa, se enturmar com os populares, definir seu papel e conquistar aquele cruch, a comédia entrega tudo desse universo escolar.
Um dos fatores que ajuda bastante o filme é que, seja onde você estiver, alguns tópicos são universais. A ansiedade de ir para uma nova escola, nos tempo de hoje ainda temos o apelo das redes sociais quando falamos de não ser mais um apagado no mundo ou, até mesmo, desvincular sua imagem infantil da pessoa que você pretende ser ao crescer. Tudo isso é algo que qualquer um, provavelmente, passou na escola. E, claramente, potencializado quando se é um novato.
Dito isso, o maior erro do filme é perder oportunidades e potencializar ao extremos os assuntos propostos. Sim, sabemos que é uma comédia que beira o besteirol americano, mas ele tenta trazer uma trama que se perde. É só perceber que, em meio a jornada de conquista de Benj, os demais personagens soam mais como esquetes de humor. Personagens esses que apresentam seus dilemas no início do filme, tem um breve desenvolvimento ao final, mas que no meio do filme nem parece que chegam a tanto.
“Os Novatos” é aquele filme que pensamos que se beneficiaria muito se tivesse mais tempo ou, talvez, fosse uma série. Mas a verdade é que, independente do formato, a competição faria com que, no muito, tivesse um destaque inicial e depois o esquecimento.