Crítica: Pânico 3
“Pânico 3” brinca sobre a maldição das trilogias, faz uma dinâmica maior com “Stab”, mas ironicamente sofre de tudo isso.
Ignorando o fato de já ser um filme, seria natural que a história de Sidney daria um filme. Vimos em “Pânico 2” que foi criada uma franquia dentro da franquia, “Stab”. E, da mesma forma que temos continuações aqui, esse filme também tem. Até que chega o momento em que a criatividade some e precisam de mais material. Assim o Ghostface agora está procurando por Sidney enquanto mata pessoas ligadas a ela e ao elenco. Isso acontece por conta do trauma, compreensível, que a faz viver reclusa e super alerta.
A melhor parte do filme é a interação entre os personagens “reais” e suas versões fictícias. Pânico é uma repetição de si mesmo, e agora dentro de si mesmo. Repetindo todas as características que tenta tirar sarro, é o mais fraco de todos. A justificativa do Ghostface é um tanto forçada, por mais que faça sentido. O argumento de que a franquia precisaria de renovação e por isso o Ghostface, agora diretor do filme, refazer o massacre pela publicidade, é mais interessante.
Além de que é menos convincente que os demais. Antes havia dois assassinos, e aqui é apenas um, por mais que a ideia mudou durante a produção. Os recursos tecnológicos também geram suspeitas, afinal mesmo hoje, imitar a voz assim de alguém não e tão simples quanto colocar um aparelho na frente da boca.
“Pânico 3” ainda sim finaliza a trama e seria um final aceitável. Quer dizer, já que foi feito com essa intenção, é um final aceitável. Afinal temos Sidney mais tranquila e aceitando a proposta de encarar seus medos, Gale e Dewey ficam, mesmo, juntos. É, ou melhor, era, um encerramento.