Crítica: Rebelde (2022)
“Rebelde” já é uma franquia de séries, tendo versões em diferentes línguas. Agora a Netflix traz a sua versão, respeitando a que talvez seja a de maior sucesso. Entretanto, é aqui onde alguns errinhos acontecem.
Independentemente do gosto pessoal de cada um, o RBD foi um fenômeno mundial. Antes mesmo de “La Casa de Papel” e “Elite”, a série e o seu grupo musical foi um grande impulsionador da língua espanhola. Sendo assim, o primeiro grande título da plataforma de 2022 foi a “continuação” da história. Afinal, os acontecimentos da versão anterior são levados em conta e, inclusive, temos personagens participando dessa nova trama. Porém, e escrevo como alguém que não acompanhou a febre RBD, as auto referências são exageradas.
Claro, ainda sei algumas das músicas, nome de integrantes, e ver eles surgindo em meio ao enredo é bacana. Principalmente as músicas que, sabidamente, selecionaram as mais conhecidas. Porém, em um certo ponto fica confuso, e falho, já que a ideia é trazer um novo público. Afinal, o maior mistério é “A Seita”, que já existia e supostamente foi extinta. Mas ao dizer isso constantemente, não faz o público entender mais ou menos. É toda uma história que não é dita! Como acabou? Quem participava? Como começou? E quais os objetivos? Ela está mais organizada hoje, mas qual parâmetro para isso?
São poucos episódios para dizer algo forte sobre os personagens, já que o tempo em tela é bem dividido. E todos parecem ser diferentes e interessantes, mesmo algumas tramas não se sustentando. Bullying, o sobrenome, origens e privilégios são o que ajudam na condução das tramas desse ano.
“Rebelde“, num primeiro momento parece uma versão musical e sem assassinatos de “Elite“. Bom, ao menos ninguém morreu ainda.