Crítica: Ted Lasso – 3ª Temporada
“Ted Lasso” chegou ao seu final na Apple TV, mesmo que esse final seja uma questão além, com uma qualidade dramática impecável.
Nathan assume o time rival e se torna um dos melhores técnicos, com uma pontuação quase perfeita. Esse é o ponto de partida e por mais que o futebol seja um destaque, ele fica de lado. Imagino que, mais do que nunca, essa série foi sobre as pessoas. Ted reflete sobre suas escolhas e começa a lidar com sua paternidade. O técnico aprende a seguir, sem o amigo. Mas esses são os caminhos mais previsíveis, e isso deixou o time brilhar.
É incrível como parecia muita coisa, mas ao final tudo foi bem trabalhado. A mais longa, talvez, foi a redenção de Nathan. Ele chega ao topo e percebe que toda essa glória, no final, não o fez feliz. Racismo e imigração também ganham destaque, não apenas por estarem presentes na mídia, mas principalmente pela realidade no esporte. Infelizmente, tais assuntos também se destacaram durante a exibição da série, que a fez parecer até leve.
Colin teve seu arco levado de forma mais sensível, delicada e evoluindo aos poucos. Rebecca também aprende mais sobre si mesma e, pelo destino, tenta sua felicidade. Já Roy aprende que, para ser melhor, tem que falar e escutar mais. Keeley foi, talvez, a mais fraca. Porém, ainda sim, ir de cima para baixo e para cima de novo, é com ela mesma. Como disse, estamos numa série esportiva, mas o foco estão nos personagens.
“Ted Lasso” termina a terceira temporada de uma forma que esperamos uma continuação, mas, no entanto, sem Ted. Fora que, nem acredito nisso, eu vivi para chorar vendo uma série sobre futebol.
Cara esse serie é perfeita !