“To Ryca 2” não arrisca e tenta repetir a mesma fórmula que fez com que o primeiro fosse um grande sucesso no cinema nacional.

Selminha consegue, no fim do primeiro filme, vencer o desafio e herdar toda a fortuna de seu tio. Agora ela não só esbanja a fortuna, como também mantém seu lado social, ajudando a comunidade que cresceu. Mas, desde o início do filme, vemos que essa ajuda não fez com que se distanciasse das pessoas. Mas, além disso, também é um artifício do roteiro para mostrar a passagem de tempo entre os filmes.

Contudo, tão rápido quanto ganhou, perdeu. Afinal, surge uma outra Selminha que alega ser a real herdeira e sem ter como provar, seus bens ficam retidos até que uma decisão final seja tomada. E assim, a nossa Selminha, se vê novamente pobre, tendo que viver novamente as dificuldades, mas se aproximando daqueles amigos e revendo seus conceitos sobre o que realmente vale na vida.

O filme, de forma isolada, é satisfatório e cumpre com sua premissa. Mas, sabendo que é uma continuação, é impossível ignorar o fato de que praticamente refizeram o primeiro. Afinal não há, de fato, um crescimento. A lição aprendida foi quase a mesma que ela teve que aprender no primeiro, porém de forma diferente. Se uma trama fosse desenvolvida com ela ainda rica, talvez teríamos um filme melhor, já que tanto regrediu que precisaram tornar ela pobre novamente para o filme funcionar.

“To Ryca 2” segue agradando o público que busca por entretenimento e gosta das comédias nacionais, mas não fica muito além disso.